Guerra: pano de fundo
Quando nasci, ainda pipocavam alguns tiros na Europa, pois o final da II Grande Guerra ainda era recente.
Cresci ouvindo no rádio as notícias sobre a Guerra na Indochina ou Coréia. Era uma guerra atual, contra um antigo aliado na II Grande Guerra – a União Soviética. A minha infância toda foi pontuada de filmes de faroeste, filmes de guerra (II Grande Guerra e Coréia) e, muito de quando em quando um musical ou comédia romântica. Dava a impressão de que a Paz nos era servida como amostra grátis e que o dia-a-dia era uma batalha.
Durante a minha adolescência e juventude havia a Guerra Fria, e quando estava no II Grau, houve a Guerra do Vietnam. Pensei com meus botões “estava demorando...” pois, tempos de calmaria jamais foram a tônica de nossas vidas. O nosso espírito estava sempre preparado para uma notícia de agressão. Por que essas notícias eram cíclicas: a cada década estourava um conflito
sem prazo para acabar.
Eu ainda estava na Universidade quando houve a Guerra dos 6 Dias. Não faltou quem desejasse se alistar e combater ao lado de Israel, que lutava sozinho contra 9 países islâmicos. Mas, havia aquela turma que achava que “a guerra do Vietnam não é problema nosso” e que achava que “o estado de Israel não é problema nosso”. Além de nossos país e a emigração foram duros conosco “se
forem lutar por Israel, não voltem”. Pensando bem, o Estado de Israel era novo e pequeno, a grande maioria do povo vivia em “kibutz” - quem de nós, acostumados ao individualismo, iria viver e trabalhar numa fazenda coletiva? Foi o copo de água fria na efervescência do nosso idealismo cristão, de ver os hebreus como o povo eleito e abraçar sua causa. Afinal, se “o Vietnam não é problema nosso”, porque a Guerra dos 6 Dias ou os kibutz o seriam? A rebeldia contra a guerra do Vietnam tornou a juventude rotulada de “hippy”, drogada e inconseqüente.
No Brasil e em toda a América Latina, rolava uma Ditadura de direita, linha dura e que não perdoava ninguém. Ninguém pensou que o “problema do Brasil não é problema nosso” - mas essa saga merece um capítulo a parte.
Atualmente, rola a Guera no Iraque. E as pessoas sempre tornam a argumentar as mesmas coisas de sempre.
De toda essa história ficaram lições indeléveis em nosso espírito. Vejamos algumas:
-si vis pacem para bellum;
-a Paz deve ser cultivada;
-a liberdade deve ser defendida a ferro e a fogo;
-devemos estar sempre alertas;
-todos respeitam um guerreiro ou um samurai;
-prisioneiros de guerra não são respeitados;
-a nossa honra deve ser defendida ferozmente;
E, por incrível que pareça, fomos educados para vencer. Ninguém gosta de perdedores, mesmo se forem pacifistas. Ser vencedor é ter e manter o seu porto seguro. Pois, de nada vale vencer se você não tem para onde voltar. A dureza das guerras nos ensinaram que a nossa pátria (seja ela qual for) e a nossa casa são invioláveis, indisponíveis e inegociáveis. Se você esquecer disso, será uma futura vítima dos abutres que sempre espreitam os filhotes que saem do ninho prematuramente e se perdem. Portanto, fique no seu ninho, cuide sua casa, defenda sua pátria (seja ela qual for) e o resto virá por acréscimo...
A Paz é uma conquista diária...
Nossas orígens estão descritas nas antigas mitologias.Porque cada história ou mito se fundamenta num fato reinterpretado por nós segundo nossa cultura(civilização) e nossos conhecimentos. Temos aí a mitologia suméria com a história da criação mais próxima do que deverá ter sido.E na mitologia suméria existe a narrativa mais precisa sobre o Edin, que seria uma espécie de jardim botânico e de fauna exótica trazidos para adaptação e colonização do planeta.
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