Vidas paralelas
Alma gêmea irmã da minha, espelho vivo
De outro espelho fiel que te retrata.
Alma serena de luz internecata,
Cujo influxo do amor me tem cativo.
Bem sei que em mim vives e em ti vivo
No entanto, eis o desgosto que me mata,
Do amor a doce vaga me arrebata
e não posso atingir teu vulto esquivo.
O mesmo curso tem nossos destinos,
Do gozo o mel, da dor os desatinos-
a um nada inspiram sem que ao outro inspirem
Mas, triste sorte, belo entre os mais belos
Eles são como traços paralelos
Próximos correm sem jamais se unirem...
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