Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

terça-feira, 11 de junho de 2013

Tomada de posição


                   Tomada de posição
                                    Durante os anos 60, após vivermos num mundo idealizado, houve um momento crucial.Aquele momento em que você percebe que as leis existem  mas, são violadas, que as mulheres são humilhadas, que alcançar nossas metas não seria um breve e feliz passo a passo.
                                    Foi bem nessa hora, quando a ficha caiu e a realidade apareceu em branco e preto de pesadelo, que resolvemos tomar uma posição.Essa decisão nos custou muito caro mas, se eu tivesse que escolher, faria tudo de novo.
                                    Foi quando aprendemos de vez, que as decisões trazem consequências.E não estou falando de castigo divino mas, de colocar o inferno em nossa vida, sabendo que lutar era imprescindível e que isso iria magoar pessoas que amamos.Por exemplo, seus pais ficarem apreensivos, seu namorado ficar em dúvidas se teria alguma importância em sua vida.Você sair compulsivamente em busca de uma mudança no mundo enquanto deixava seu mundo de lado.
                                    Foram anos de perseguição, dor e sofrimento mas, o mundo que eu queria, valia qualquer sacrifício.
                                    Hoje, tantos anos depois, quando o mundo mudou e se adequou a realidade, vemos que nossas lágrimas e nosso sangue foram adubos.
                                    Nossa meta era vencer ou vencer...ou morrer.Não restava alternativa.
                                    Muita gente perguntava “o que te falta?”, “porque não podes aceitar a realidade?”.Talvez a resposta esteja na doutrina que nos foi passada, de um mundo justo e igualitário...e esse mundo estava cheio de falhas, prepotência e preconceito, impossível de aceitar pelos nossos padrões.Em suma, nossos educadores, no afã de nos tornar “bonzinhos e maleáveis” criaram monstros inflexíveis, para quem não havia meias medidas, deixar pra lá ou se adaptar.Se nos era exigida a perfeição, passamos a cobrá-la também.
                                    Para quem viveu amordaçado, respeitando quem não merecia, discriminando porque nos exigiam discriminar, o nosso trabalho subterrâneo foi excelente.Fizemos um mundo realmente igualitário, onde o preconceito tem que se calar e baixar a crista.
                                    Perdemos nossa juventude mas, encontramos nossa paz.
                                    Reformar o mundo sem deixar escombros, não é para tiranos mas, para heróis.Somos resilientes.Somos o que a dureza da luta nos fez.

                                    Se as pessoas não gostaram do resultado, da próxima vez, prestem atenção no que pregam e a quem pregam.De repente, seus filhos poderão não ser os carneiros do rebanho mas, o pastor.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário