Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

domingo, 19 de maio de 2013

Sonhos em alfa II

Fachada do Museu Paulista, da Universidade de São Paulo, antes conhecido como Museu do Ipiranga, na zona sul da capital


                Sonhos em alfa II
                              Como já disse antes, as lembranças, atualmente, nos chegam através dos sonhos.É um portal para o passado distante, com imagens surreais e bonitas.
                              Esta noite, me reportei ao último ano de faculdade.Eu estava muito cansada e esgotada, devido aos últimos acontecimentos.Estava com um capacete (mais parecia um crânio humano) na mão e um paquímetro na outra mão.Eu precisava medir e plotar todo o objeto.Era um trabalho demorado e meticuloso.Resolvi me dar uma pausa e levantei, dizendo:
                              -Preciso urgente de um café ou algo parecido!
                              -Eu te acompanho! – falou meu namorado.
                              Tomamos o café e sentamos numa saleta de espera, para abstrair.De repente, ele me olhou e disse algo muito fora de seus padrões:
                              -Estou precisando de colo!
                              -Você? – falei surpresa.
                              -Vamos até o meu supervisor.Já acabei o trabalho (falava do TCC).
                              -Eu estou um caco!Esse trabalho drenou minhas forças! - falei.
                              E fomos.Lá, encontramos uma colega, muito exagerada e gasguita, dizendo:
                              -Nem quero saber se está certo ou não!Entreguei e pronto!
                              Meu namorado me olhou e disse:
                              -Espera aqui que já volto!
                              Logo, me enviou um refrigerante, como que para comemorar.De repente, saiu de lá seu colega.E, comentei:
                              -Já?
                              -Estou aí dentro há três anos.
                              Fiquei apavorada e bati na porta.Uma menina veio gritando:
                              -Socorro!Socorro!As Cobras Filosóficas se soltaram e devoraram um rapaz!
                              Ainda argumentei enraivecida:
                              -Não minta, guria!Elas são mansas e simpáticas!Ainda há pouco estavam andando mansamente pelo saguão!
                              Mas, infelizmente era verdade!O amor da minha vida havia morrido estúpidamente.
                              Aí lembrei de detalhes mais recentes aos quais não havia prestado atenção:quando Estávamos indo para a supervisão, de mãos dadas, ele subiu no meio-fio mas, eu fiquei mais alta que ele.Quando ele subiu numa rampa bem íngreme, eu ainda estava mais alta que ele.Nem me toquei que ele media 1,78m e eu apenas 1,60m.Era algo surreal.E lembrei também que o refrigerante parecia champanhe.Mas, não senti gosto de champanhe e lhe devolvi a garrafa pela metade.
                              E, esse lapso prolongado de tempo ao qual ninguém atentou, era o mais estranho de tudo.Como se tivéssemos nos congelado no tempo por três anos.
                              Acordei chorando.A minha mente estava tentando dar uma explicação ao desaparecimento do rapaz.Mas, e as Cobras Filosóficas?Tão simpáticas e amistosas e de repente, atacarem alguém sem mais nem porque...essas mensagens codificadas dos sonhos, tem muita explicação.É como escrever um bilhete em língua nativa e ancestral. Um mistério que ainda precisamos desvendar.
                                     

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