Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasil: a 5ª pior Banda Larga do mundo!

                                                    
Brasil: a 5ª pior Banda Larga do mundo!

Sabe o que significa isso?Estamos cotados entre os piores do mundo. O serviço é caro, a velocidade varia muito, sofre interrupções e nas de wifi, sofre interferências. Por qual razão isso acontece?É que somos educados na forma de engolir qualquer porcaria que nos oferecem e ainda agradecer por isso. Mas, o que é isso, gente?Não estamos pagando?Porque não exigir melhora?Note:eu disse exigir e não reclamar. Reclamar, tanto faz que seja para o CEO o para Sua Eminência, o Bispo:dá na mesma. Exigir, é outro papo:você exige bom serviço porque você está pagando e merece um serviço de qualidade.
Tive internet a cabo, cuja qualidade é das melhores. Depois migrei para ADSL e, por melhor que seja, não é a mesma coisa.
Qual a razão dessa ruindade em matéria de serviço?É a precariedade dos backbones. São espinha dorsal das telecomunicações e o que sucede no Brasil é que as redes (backbones internacionais e nacionais) tem poucas repetidoras.
Num país de dimensões continentais como o Brasil, eles se concentram na Região Sul-Sudeste. Atualmente a Região Centro-Oeste está se atualizando e melhorando os serviços. O número de repetidoras (antenas) só não aumenta por ser este um serviço muito caro. Isso seria bem mais fácil se fosse como um feixe direcional como as comunicações marítimas e aéreas, mas a Anatel cobra muito caro uma concessão: aí em torno de R$9.000,00. Nunca entendi direito a razão desse órgão dificultar tanto as telecomunicações, quando ela só deveria normatizar, mais nada. (Deve estar protegendo interesses excusos).
Bem, no caso, a Banda Larga adequada para nosso país seria via rádio, mas a concessão é tão cara que desanima os empreendedores – afinal, pagando tão caro, o preço final ao consumidor não seria competitivo: seria igual ou mais caro que as outras via telefone ou cabo. Quando se entra no site da Embratel querendo uma concessão, a marcação é tão cerrada como se você estivesse querendo uma concessão para venda de armas à população – será que esse órgão vê a inclusão digital como um perigo?É uma maneira distorcida e antiga de pensar, lembrando quando nossos bisavós não permitiam que suas filhas aprendessem a ler para não escreverem para os namorados...hum! Aí tem coisa, viu?
Voltando a vaca fria, a Banda Larga no Brasil é ruim e não melhora por culpa da Anatel. Com suas exigências descabidas, a prestação desse serviço fica nas mãos de poucas empresas, que por não terem concorrência, praticam um serviço ruim e caro.
Num primeiro olhar, parece que estamos numa época mais recuada, onde a comunicação de massa ainda é vista com desconfiança e cheia de trancas para impedir os avanços. Na realidade, o nosso grande problema é a ganância de uns e a estupidez de outros, numa simbiose macabra.
Anatel!Acorda, filha!Até quando vai viver gorjeta?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Guerra:pano de fundo

Guerra: pano de fundo

Quando nasci, ainda pipocavam alguns tiros na Europa, pois o final da II Grande Guerra ainda era recente.
Cresci ouvindo no rádio as notícias sobre a Guerra na Indochina ou Coréia. Era uma guerra atual, contra um antigo aliado na II Grande Guerra – a União Soviética. A minha infância toda foi pontuada de filmes de faroeste, filmes de guerra (II Grande Guerra e Coréia) e, muito de quando em quando um musical ou comédia romântica. Dava a impressão de que a Paz nos era servida como amostra grátis e que o dia-a-dia era uma batalha.
Durante a minha adolescência e juventude havia a Guerra Fria, e quando estava no II Grau, houve a Guerra do Vietnam. Pensei com meus botões “estava demorando...” pois, tempos de calmaria jamais foram a tônica de nossas vidas. O nosso espírito estava sempre preparado para uma notícia de agressão. Por que essas notícias eram cíclicas: a cada década estourava um conflito
sem prazo para acabar.
Eu ainda estava na Universidade quando houve a Guerra dos 6 Dias. Não faltou quem desejasse se alistar e combater ao lado de Israel, que lutava sozinho contra 9 países islâmicos. Mas, havia aquela turma que achava que “a guerra do Vietnam não é problema nosso” e que achava que “o estado de Israel não é problema nosso”. Além de nossos país e a emigração foram duros conosco “se
forem lutar por Israel, não voltem”. Pensando bem, o Estado de Israel era novo e pequeno, a grande maioria do povo vivia em “kibutz” - quem de nós, acostumados ao individualismo, iria viver e trabalhar numa fazenda coletiva? Foi o copo de água fria na efervescência do nosso idealismo cristão, de ver os hebreus como o povo eleito e abraçar sua causa. Afinal, se “o Vietnam não é problema nosso”, porque a Guerra dos 6 Dias ou os kibutz o seriam? A rebeldia contra a guerra do Vietnam tornou a juventude rotulada de “hippy”, drogada e inconseqüente.

No Brasil e em toda a América Latina, rolava uma Ditadura de direita, linha dura e que não perdoava ninguém. Ninguém pensou que o “problema do Brasil não é problema nosso” - mas essa saga merece um capítulo a parte.
Atualmente, rola a Guera no Iraque. E as pessoas sempre tornam a argumentar as mesmas coisas de sempre.
De toda essa história ficaram lições indeléveis em nosso espírito. Vejamos algumas:
-si vis pacem para bellum;
-a Paz deve ser cultivada;
-a liberdade deve ser defendida a ferro e a fogo;
-devemos estar sempre alertas;
-todos respeitam um guerreiro ou um samurai;
-prisioneiros de guerra não são respeitados;
-a nossa honra deve ser defendida ferozmente;
E, por incrível que pareça, fomos educados para vencer. Ninguém gosta de perdedores, mesmo se forem pacifistas. Ser vencedor é ter e manter o seu porto seguro. Pois, de nada vale vencer se você não tem para onde voltar. A dureza das guerras nos ensinaram que a nossa pátria (seja ela qual for) e a nossa casa são invioláveis, indisponíveis e inegociáveis. Se você esquecer disso, será uma futura vítima dos abutres que sempre espreitam os filhotes que saem do ninho prematuramente e se perdem. Portanto, fique no seu ninho, cuide sua casa, defenda sua pátria (seja ela qual for) e o resto virá por acréscimo...
A Paz é uma conquista diária...