Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

domingo, 31 de outubro de 2010

Resilência e os heróis da “missão impossível”

Resilência e os heróis da “missão impossível”

Até pouco tempo atrás, esse termo ainda não existia em Psicologia, mas sim na Física.
Mas, existiam os heróis, os super-heróis e semideuses. O que eram essas pessoas?Eram pessoas que venciam as adversidades, inimigos poderosos e uma situação desfavorável com fé e muita luta: era vencer ou vencer, sem meio-termo.
Hoje, a horda de heróis aumentou. E aumentou por não haver alarde de seus feitos – e eles podem viver sua vidinha trivial (a missão impossível do dia-a-dia) sem serem incomodados (além do normal, isto é, sempre).
Lembro bem de minha infância e adolescência: as diferenças sociais eram mais marcantes, a discriminação era enorme, a pobreza era usada como meio de extermínio ou de exclusão – pois era a época dos greis; o grei dos clubes, o grei da elite cultural, o grei das etnias, tudo servia para erguer muros aos excluídos. Ah, também havia o grei dos bem-nascidos que era o crivo final nas pretensões da pobreza ou classe média baixa.
E aquelas pessoas resilentes, foram a luta, vencendo os obstáculos um a um.
Afinal, o que seria difícil para quem vivia de vencer as dificuldades. Nascer, já era a primeira delas. Sobreviver a elevada mortalidade infantil, era a segunda. Depois vinha a escola, onde os livros eram caros e o uniforme era obrigatório. Acabando o Fundamental, havia o Admissão (uma espécie de vestibular para o Ginásio). Já o II Grau, se fosse Científico ou Clássico, não havia seleção – diferente do Normal e de outros profissionalizantes. Será preciso dizer que a cada etapa, milhares ficavam pelo caminho?Pois é! E as pessoas achavam que o normal nisso aí era você passar em todas elas, magoando profundamente aqueles que eram menos estudiosos ou haviam tido um estudo fraco.
Quando entrei para a Faculdade, me deparei com uma nova realidade: os estudantes ricos e preguiçosos, costumavam explorar seus colegas inteligentes e pobres para que estes fizessem seus trabalhos de aula, estudassem junto com eles até eles se formarem. Um ponto que é preciso frisar: os estudantes pobres geralmente, trabalhavam de dia e estudavam à noite. Davam um duro danado para comprar seus livros (alguns dos quais guardei, por valerem uma fortuna com os colecionadores) e/ou comprarem seus “polígrafos”.Alguns, como eu, até batiam de bom grado as matrizes do polígrafo para terem sua cópia grátis ou com desconto. Isso, sem falar nos movimentos políticos onde circulavam idealistas, oportunistas, massas-de-manobra e maria-vai-com-as-outras. Os idealistas eram chamados de “inocentes úteis” pela direita e “inocentes inúteis” pelos pais, que viam longe.
Então, o Golpe Militar arrasou gregos e troianos, apaches e moicanos. Alguns bem-nascidos e ricos não apoiavam a perseguição aos seus colegas pobres (afinal, quem iria fazer seus trabalhos?) e se complicaram também. Muitos foram fichados: idealistas, oportunistas, massas-de-manobra e maria-vai-com-as-outras entraram todos pelo funil pouco seletivo da Ditadura. Suas vidas foram zeradas, para servir de exemplo (como na Inquisição). Com a diferença de que os bem-nascidos se livraram da perseguição, calando seu instinto de justiça. Os oportunistas, como sempre, se deram bem, fazendo desse limão uma limonada e cobrando caro (como os “perseguidos” e premiados pela Anistia com milhõe$$$). Os massa-de-manobra, bancaram boi-de-piranha enquanto os oportunistas se locupletavam. E os maria-vai-com as-outras se dividiram entre os que caíram de cara nas pedras e os que ainda acreditam na justiça dos homens.
Muita gente boa dessa época, adoeceu de puro desespero. Alguns morreram sem serem “anistiados” e outros ainda esperam. Mas, existem, nessa grei (é isso mesmo!) os resilentes. Eles podem ter sofrido, ter sido usados, podem ter sido injustiçados, mas eles venceram. Porque o resilente supera tudo. Sabe aquela propaganda da “Master Card”? Superar, dar a volta por cima, não tem preço!!!Todos os milhões do mundo não irão comprar a alegria que só a superação proporciona...
Agora, vamos as estatísticas: desde o início, de 100% sobraram apenas os resilentes – só 1% do todo. Se você é uma dessas pessoas, parte do 1% do todo, meus parabéns!Você é a nata da nata! Porque hoje, não podem te chamar de herói, super-herói ou semi-deus. Mas, você é tudo isso e um pouco mais: você é um resilente!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Avanços tecnológicos

Desde a minha infância, o mundo acelerou muito a tecnologia.
Tinhamos rádio e vitrola.Os discos, ainda eram de vinil, compactos ou LP.
A TV era uma exclusividade do eixo Rio-São  Paulo.
Mas, nos últimos 30 anos houve um avanço  espetacular: TV colorida,  VT,  CD,  TV  a cabo  e  a satélite e todo um aparato  para  viabilizar  a tecnologia.
Logo depois, veio o computador.A seguir, a internet, a Banda Larga e a IPTV.
Uma novidade que está custando a deslanchar é a internet pela rede elétrica, ainda sendo testada.
Imagino o que será daqui a 2 anos: você poderá ter Internet, telefone fixo, assinatura de TV tudo pela sua prestadora de Energia Elétrica.A consequência imediata será a popularização dos preços dos serviços.Inclusão digital e inclusão de TV digital a vista!!!
Considerando-se que a IPTV é naturalmente digital, olha a TV digital aí!!!
Agora eu pergunto: alguém ainda tem saudades dos velhos tempos, de miséria, desinformação e tudo mais???
Ora, eu não tenho!Viva o avanço da tecnologia!
Hoje, a classe média baixa pode usufruir de um relativo conforto tecnológico.Isso era impossível há 60 anos atrás.Até mesmo comida, roupas, transporte e outros ítens eram inalcançáveis para o pobre ou classe média.
Se alguém ainda acha o progresso um perigo, eu concordo: é um perigo para a ignorância, para o atraso de vida e para a discriminação socio-econômica.Gente esclarecida jamais voltará a ser massa de manobra, capacho de corrupto, vítima das circunstâncias.
Então, viva o progresso!!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A abelha rainha

[ OUTROS PLANOS - A ABELHA RAINHA].




Ano 2025 DC.O mundo está muito diferente do que foi no século XX
Já não existem as doenças, nem desigualdades sociais. Tudo é muito diferente do que um dia você conheceu.
Nascemos todos nos laboratórios de biogenética e somos criados pelos preceptores estatais, mas somos todos filhos do Grande Pai e da Grande Mãe. Eles foram escolhidos para serem os pais genéticos do nosso país. Por quê? Acontece que não somos todos férteis. Assim foi decidido pelo VORTEX, uma vez que a multiplicidade de famílias gerava individualismo, cobiça e demasiada competição – ao ponto de colocar a raça humana em perigo de completa extinção pelas sucessivas guerras.
Sonho sempre coisas estranhas: passado, presente e futuro se mesclam nos meus sonhos – sonhos tão vívidos que chego a sentir emoções. Estranho, porque em meados do século XXI aprendemos a lidar com as emoções.
Esta noite sonhei um daqueles sonhos estranhos: é fim do século XX e início do século XXI. A violência atingiu níveis insuportáveis; a criminalidade é imensa, os presídios estão superlotados, os hospícios também; da mesma forma os asilos, orfanatos e hospitais. O desemprego é imenso, as famílias pobres e nível médio não podem mais se sustentar. O índice de suicídios aumentou, bem como o dos assaltos, prostituição, exploração de menores, tráfico de drogas. O sistema criou um monstro: a Miséria – e agora perdeu o controle sobre a situação. Todos estão descontentes, inclusive os ricos. É preciso derrotar o sistema com urgência. O sistema é a indústria da exploração da desgraça nacional – está devorando a todos. Sente-se no ar os momentos que antecedem uma batalha...
Acordo e cessa o pesadelo. Meu ambiente é tranqüilo: meus alojamentos vitalícios teem conforto; tenho o meu trabalho que é muito satisfatório – não temos salários mas, todos temos alojamentos vitalícios, alimentação garantida e todo um plano social completo. O transporte é dos mais modernos e confortáveis: esteiras rolantes nas calçadas, trens aéreos...tudo controlado por computador. Chegamos a um nível de desenvolvimento social incrível: somos todos uma só família. Nascemos todos nos laboratórios de biogenética, onde nossos genes são manipulados de forma a eliminar as possíveis doenças e desenvolver defesas contra os vírus e bactérias da “guerra bioquímica sutil” - as doenças exóticas e letais como AIDS, disseminadas criminosamente pelo sistema extinto no século XXI. Não temos nomes, sobrenomes ou “pedigree”; mas, temos uma classificação similar à da Botânica. Como nem todos são férteis, sabemos que em determinados períodos são escolhidos os mais perfeitos dentre os férteis, homens e mulheres. É dos genes dessa mulher e desses homens que nascem os bebês. Eles já nascem com sua vocação definida – e já sào direcionados a estudar sobre aquela área na qual irão trabalhar e pesquisar por toda a vida. Apesar de termos uma vida organizada, toda voltada ao trabalho, somos felizes. Porque não temos frustrações. Todos cuidamos das crianças com muito amor. E elas teem nos líderes seus espêlhos maternos e paternos. Eu mesma, lembro a nossa Grande Mãe com carinho – e com imensa admiração, o nosso Grande Pai. Eles, realmente eram nossos pais – nào apenas genéticos, mas do fundo da nossa alma os sentimos assim.
Chego do laboratório tecno-ambiental. Adoro meu trabalho mas, hoje a lembrança desses sonhos surgem a cada momento, de modo recorrente. Acho que preciso ir aos psicolaboratório para me examinar e me reprogramar.
Chego aos psicobiolaboratórios e sou submetida a uma bateria de testes biomédicos. Então, é puxado no computador, através da minha biorradiofreqüência – tão individuais como as digitais ou o DNA – meu histórico médico, desde a geração nos laboratórios de biogenética. Logo estarei sabendo o que se passa comigo. Estamos numa época em que a burocracia foi substituida pela tenocracia, com a vantagem da impessoalidade e a rapidez; porisso, agora as informações sào rápidas – porém, responsáveis. Um tecnomédico vem falar comigo. É algo pouco usual, uma vez que geralmente somos informados pelos pesquisadores iniciantes. Sinto uma estranha sensação, como quando tenho aqueles pesadelos: embora sabendo que as doenças estão extintas, sinto mêdo [mêdo?] do que eu possa ouvir. Mas, o tecnomédico chama um auxiliar que me comunica que vou falar com o Conselho Biomédico.
O Conselho Biomédico se reúne em semicírculo e eu sento a sua frente. Cada qual acessa seu terminal. Eles começam a me falar, um a um: do biogeneticista ao psicogeneticista. Fico sabendo que eu tenho genes perfeitos e que sou fértil. Os meus óvulos serào matrizes para fecundação. E os sonhos, que tanto me preocuparam, são indução de memória genética – que só são transmitidos às mulheres férteis e futuras Grandes Mães. Fico sabendo que apesar de toda a discreçào, tive uma educação especial, para saber liderar. As lembranças dos sonhos me trazem as sensações desconfortáveis de uma época em que o sistema era outro: cruel e desigual, onde as emoções eram sempre negativas [ansiedade, mêdo]. Eu quase consigo adivinhar o que realmente aconteceu no século XXI: uma intervenção coletiva eliminou aquele sistema perverso e nos brindou com a paz, a organização e o progresso. E, como futura Grande Màe, quero exatamente isso para os meus milhares de filhos.
Deixo o Conselho Biomédico já encaminhada para as metas futuras: o Domo, o Vortex e o Ápice. Realmente, somos todos irmãos; e, realmente, Deus está dentro de nossos genes. Fomos feitos à sua imagem e semelhança. E me sinto feliz de ser a mãe genética de um povo – talvez, não escolhido, mas com certeza selecionado e aperfeiçoado.

[IT WILL BE CONTINUED...]

Tinta invisível

OUTROS PLANOS - “TINTA INVISÍVEL”

Está muito escuro mas, não me importo: sei que o socorro está chegando.
Estou em um aeroporto clandestino ; onde, jamais alguém imaginaria que pudesse haver um deles. E alí, no sopé das montanhas, sobre uma planície de aluvião - estreita e pouco extensa - eu espero cheia de dúvidas: “como eles me localizarão?” ou “como localizarão a pista?”
As respostas chegam de imediato.Um pequeno avião surge, voando baixo.Com um farol de uma luz quase imperceptível, violácea; faz varreduras na pista. E, sob a luz, aparecem marcas na pista de aterrissagem. Vem alguém com uma lanterna igual e sinaliza.
Corro até o avião. Os “ïrmãos” vieram me resgatar.
Embarco e logo depois o avião decola, rumo a salvação.
Voando, me recordo do estranho aeroporto...quantas vêzes passei por alí, sem notar qualquer sinal de pista naquele recanto perdido entre os montes! Então, compreendo tudo: a pista foi pintada com uma tinta invisível a olho nú – só visível sob a luz de espectro específico. Ninguém, a não ser nós, será capaz de localizar a nossa porta para a liberdade.
[TO BE CONTINUED]