Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

E você...

                           E você...é o quê?Sem noção!
                         Ora, desde que me conheço por gente que vi algumas nulidades cósmicas arrotando grandeza e se achando grande coisa.Ainda me pergunto o “porquê” dessa atitude sem lastro.
                     Se você fez algo na vida para merecer o que tem, tudo bem, você é.
                     Se você nunca fez nada, nem trabalhou ou estudou, você não é.Não é nada.
                     Ter dinheiro que se herdou, não é mérito seu.Você só recebeu.
                     Ter dinheiro que você ganhou, honestamente, é mérito seu.Gostem ou não, dinheiro vindo de trabalho é mérito, é indiscutível.
                     Está na cara que essa distorção de idéias é algo plantado e adubado com a ignorância e má-fé!O sujeito nunca fez nada na vida e se acha importante?Se a gente perguntar porque, ele responde:
                     -Bueno, eu nunca roubei nem matei.Nem sou viado!
                     -E daí, cara-pálida?Você se acha só por isso?
                     -É que tem gente por aí que não vale nada!
                     -E, quem te disse ou provou que a pessoa não vale nada?A senhora tua mãe, aquela pessoa que também nunca fez nada, além de fofocar por cima do muro?
                     -Oh, olha o respeito com a minha mãe!
                     -Respeito era algo que ela deveria ter te ensinado e não ensinou.Ela, era uma pessoa preconceituosa e ignorante.Foi só isso que ela te passou: uma maneira torta de ver a vida!
                     -Mas, olha, tchê!Não te dou o direito de discutir as idéias da minha mãe!
                     -Engano teu!No momento em que vens me afrontar com a arrogância e preconceito que ela te passou, já abriste a porteira da crítica pesada e estou entrando por ela armada até os dentes!Daqui pra frente, não esperes rosas, pois bazooka só atira projétil!
                     -Essa foi a criação que ela recebeu.Foi a mesma que me deu.Que há de errado com isso?
                     -O que há de errado nisso aí? Tudo!Te deu noções e valores errados de decência.Acha erro matar e roubar mas, tomar terras alheias, não.Acha errado a opção sexual alheia mas, foi expulsa de casa por trair o marido.Estamos falando de coisas que tua mãe fez consciente do que fazia, não de uma “fatalidade”.Ela não nasceu torta, ela escolheu ser.
                     -Mas, que tens contra minha mãe?Se ela era fofoqueira, isso foi antes de morrer.
                     -Mas, aí é que está: fofoqueiro não vira santo depois que morre pois, os danos que ele fez permanecem para sempre.Ignorante, mal-amada, mal-resolvida ou o que for, ela despejou seu recalque e rancor em cima de pessoas inocentes.E estragou a vida delas, pra sempre.
                     -Como tu sabes se as pessoas eram inocentes?
                     -Descobrí,  justo naquele dia em que ela falou mal de uma criança de 3 anos.Crianças são inocentes e sem maldade.E ela conseguiu ver maldade numa criança e difamá-la a partir daí.Ainda vais defender a bisca da tua mãe?
                     -E, porque não falas da tua?Ela não era perfeita!
                     -Excelente!Vamos ter uma conversa de peso!Minha mãe foi abandonada pelo marido e desde aí, se fechou para

o mundo.Era linda, mas, nem olhava para os pretendentes pensando “o que que os outros vão dizer?”Ficou velha trabalhando, coisa que tua mãe nunca soube o que seria.Tua mãe nunca bateu um ponto, nem teve carteira assinada.Minha mãe, era muito respeitada pela qualidade do seu trabalho como estilista.Quando mudou para outra cidade, levou suas clientes que preferiam fazer suas roupas com ela do que comprar em alguma boutique.E agora, tens ainda algum argumento?
                     -Bueno, trabalhar é obrigação da pessoa pra se sustentar!Ela não fez nada de mais!
                     -Mas, você é um baita tôsco filho da puta!Sabe que a tua mãe era uma bisca linguaruda e ainda queres achar que trabalhar é obrigação de todos?Quando, na tua vida, seu inútil, você trabalhou?Sempre viveu as custas do teu pai!
                     -Eu não trabalhei porque não precisava!Tinha pai e meu pai tinha dinheiro pra me sustentar!
                     -E você não tem vergonha de dizer isso?Se fosse uma donzela casadoura, ainda vá!Mas, um baita pelotudo dizendo isso, é de doer!Você é muito sem noção!
                     -E você é o que, sua ovelha negra comunista?Já foi até fichada pelo DOPS, que eu sei!
                     -Na época em que isso aconteceu, as biscas de farda (como tua mãe) é que mandavam no país.Não precisava crime para prender alguém, só uma denúncia.Era o paraíso dos recalcados, onde cada medíocre infeliz despejava suas mágoas e rancores em cima da burguesia que estudava nas universidades.Afinal, uns pobres diabos ignorantes como eles achavam um desaforo mulher estudar e progredir.Estudo, segundo eles, era pra homem “que tem que sustentar a família”.
                     -Olha, ainda bem que minha única irmã morreu porque, se ela cismasse de estudar, ia levar uma surra.
                     -Eu lembro bem quando ela morreu de abôrto.O marido largou dela e a tua mãe, aquela bisca, obrigou ela a fazer um abôrto porque “o que os outros vão dizer?” e porque “quem vai sustentar esse aí?”
                     -Deixa minha mãe em paz, por favor!
                     -Eu posso até deixar!Mas, se existe justiça divina, eu quero ver ela queimando no Inferno!Nem a filha ela poupou!Aliás, quando eu morrer, não abro mão de passar no Inferno antes, para verificar se meus inimigos estão recebendo o que merecem.
                     -Podes crer, tu vais pro Inferno, ovelha negra!
                     -Não vou, não, ignorante!As pessoas vão pro Inferno pelo que fizeram de ruim e não pelo que disseram delas!E, além disso, o meu Inferno foi aqui, onde paguei todos os pecados que não cometi.Portanto, tenho milhares de créditos kármicos para resgatar nessa vida e nas outras.
                     E assim, depois desse diálogo pesado, segui meu rumo, não sem antes me perguntar se a ignorância não é uma benção.
                     Nem mesmo consegui me sentir como o fariseu, que dizia “obrigado, meu Deus, por não ser como aquele gentio pecador!”.

                     Os ignorantes, caluniam , roubam matam e sempre se justificam do que fazem.Mas, quem obteve consciência, jamais!A rigor, consciência não é um prêmio: é um fardo que só irá pesar e atrapalhar o resto de tua vida.     

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Respeito Humano

                            




                           


Respeito Humano
                       Brasília, 10:00AM.Um oficial da USAF, John Barret, em viagem de férias é chamado às pressas de volta aos USA.Entre contrariado e apreensivo, ele embarca no seu vôo.
                        De volta a Washington, ele é encaminhado a uma base aérea e de lá, irão atacar um grupo terrorista que está atazanando a vida dos ocidentais.A paciência dos ocidentais já acabou há muito e, se esgotaram todas as medidas diplomáticas.
                        Barret é católico e acredita que nem todo muçulmano é terrorista, como nem todo alemão é nazista.E, ele sabe que um míssil não distingue entre civis comuns, militares ou terroristas.Sempre que parte em missão de bombardeio, ora para que os danos aos inocentes sejam mínimos.
                        A bordo de seu avião, relembra da Esplanada dos Ministérios, iluminada pelo sol da manhã.Essa imagem o acalma e ele mantém lá o seu pensamento.
                        Ao alcançar o alvo, ora, com a alma aflita, para que os danos aos civis sejam mínimos.E ele pensa como um mantra:
                       -Amado povo muçulmano!Eu, nem meu povo, nada temos contra vocês!Amamos a todos e a cada um de voces em particular.Esses mísseis que estamos enviando tem os terroristas como alvo.Eles, é que são os inimigos.Nossos e da Paz Mundial.
                       Barret cumpre sua missão e, logo após ir para a base, envia um envelope com dinheiro para a Cruz Vermelha.A finalidade disso é para ajudar na assistência aos civis das cidades bombardeadas.Ele sabe que não pode comprar perdão nem indulgência mas, ele deseja minorar o sofrimento daqueles que foram atingidos sem ter culpa.Barret, mais do que ninguém, sabe o quanto dói ser castigado injustamente e sofrer sem culpa.

                       Deus abençoe esse homem justo, que mesmo em meio ao ódio e fúria insana de uma guerra, sabe distinguir quem é quem num conflito.Precisamos de mais duas centenas de Barrets para tornar esse mundo menos cruel.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

                Dionísio

Dioniso, o deus misterioso chamado de "O que nasceu duas vezes", era filho de Zeus e da mortal Sêmele, princesa de Tebas. Hera, a esposa de Zeus, enfurecida com a traição do marido disfarçou-se e encontrou Sêmele ainda grávida e a persuadiu a pedir a Zeus que lhe mostrasse todo o seu esplendor.

Zeus havia prometido a Sêmele jamais negar-lhe algo e ao satisfazê-la, Sêmele não suportou a visão de Zeus com um grande clarão e morreu fulminada. Mas Zeus na tentativa de salvar a criança ordenou a Hermes que a costurasse em sua coxa. Assim, ao terminar a gestação, Dioniso nasceu vivo e perfeito.

Contudo Hera continuou a perseguir a estranha criança de chifres e ordenou aos Titãs que a matassem. Mais uma vez Zeus interferiu e resgatou o coração da criança e o cozinhou junto com sementes de romã transformando numa poção mágica que deu a Perséfone, esposa do deus das trevas. Persefone engravidou e novamente Dioniso nasceu. Por isso passou a ser chamado "o que nasceu duas vezes", deus da luz e do êxtase.

Convocado por Zeus para viver na terra junto aos homens, Dioniso compartilhava com os mortais das alegrias e das tristezas. Mas Dioniso foi atingido pela loucura de Hera indo perambular pelo mundo junto aos sátiros selvagens, dos loucos e dos animais. Deu à humanidade o vinho e suas bençãos. Concedeu o êxtase da embriaguez e a redenção espiritual a todos que decidiam abandonar suas riquezas e renunciar ao poder material.