Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


  
          O exército do Inferno
                Vivemos mergulhados em brumas e trevas que não existem.
                         Porque desde criança, sofremos uma lavagem cerebral para nos sentirmos culpados.Não interessa exatamente do que, mas, o importante é você se sentir culpado.
                         A culpa, é uma dívida impagável, que um milhão e seiscentas vezes paga, você sempre estará devendo.Porque para teu credor, não interessa a quitação da dívida mas, ter um exército frustrado, faminto e culpado.Completamente dócil e maleável, pois tudo que o “culpado” quer é expiar sua culpa/dívida, o que nunca acontecerá.
                          Capitalismo, marxismo e e qualquer outro “ismo”, agem de igual maneira pois, a todos interessa ter um exército de miseráveis sem soldo, para lutar seja contra o que for.Porque, o “culpado” não tem discernimento para saber o que é certo ou errado.Ele sofreu lavagem cerebral e seus conceitos são confusos e indefinidos – ele segue qualquer causa e empunha qualquer bandeira.
                           Isso me faz lembrar de um colega de Faculdade, cujo pai era fazendeiro.Porém, era casado com outra mulher, não com a mãe dele.O infeliz sofreu lavagem cerebral e começou a odiar o pai e a mãe.Eles eram as últimas criaturas na ordem decrescente da decência.
                           Mas, o tempo, o melhor juíz de todas as coisas, lhe deu uma grande lição.Ele casou, teve filhos e tocava sua vida de pecuarista.E resolveu que seu filho deveria estudar.Mas, de repente, o moleque largou os estudos e entrou em um movimento “dos sem”.Certa manhã acordou com um alarido e foi informado de que suas terras estavam sendo invadidas.Lá no meio dos invasores, o seu filho, agora, um “dos sem”.Como num relâmpago ele entendeu tudo: seu filho sofreu a lavagem cerebral.Furioso, começou um discurso nascido da pura e justa ira:
                           -Olha aqui, bando de infelizes!Eu também andei me revoltando contra meu pai, por causa da lavagem cerebral.Segundo os mentores, o sistema era podre, gerava pessoas prevalecidas como meu pai e vítimas como a minha mãe.Apenas, uma coisa: errado ou não meu pai jamais me faltou com o sustento e com os estudos.Eu deveria era me sentir feliz de ter pais que me amavam e não dar confiança pra mexericos de quem só quer a desgraça alheia.Segui os revoltados e só me dei mal.Porque eu tinha uma mente culpada.Mas, hoje eu entendi que essa culpa tanto servia para a Igreja, para a sociedade e para o movimento “dos sem”.Na realidade eu era um “dos sem”- eu era sem personalidade, sem gratidão e sem senso de realidade.E agora, ponham-se daqui pra fora porque a minha culpa e minha dívida para com o mundo está quitada!Estou fazendo tudo para compensar o sofrimento que causei em meus pais e meu filho não será outro material amorfo e maleável para engrossar esse exército demoníaco!
                           De imediato, mandou a peonada catar seu filho do meio do bando e sentenciou:
                           -Você é “dos sem”...muito bem!Vais ficar sem mesada, sem cartão de crédito e vais trabalhar como peão na fazenda que é nossa e, por pouco, você não entregou de bandeja para teus comparsas.Terás um salário de peão, afora casa e comida.E agradeça a Deus que não te entreguei a polícia por invasão de terras!
                           Eu soube da história por amigos e quando o encontrei, comentei de leve.Ele me disse:
                           -Pois é!Às vezes somos felizes e não conseguimos ver porque estamos cheios de “culpa” e com a cabeça vazia pela lavagem cerebral.Quisera eu ter aqui meu pai e minha mãe para lhes dizer que hoje, eu sei o quanto fui amado e protegido.E que documento algum valida ou invalida o amor paterno e materno.Mas, o carinho e os cuidados do dia a dia é que dão a chancela disso...

                           Mudei para outro estado.Nunca mais vi meu amigo.Soube, inclusive, que faleceu.Que Deus o abençoe por reconhecer ainda nesta vida os erros cometidos.Por ter entendido que ninguém é juíz de ninguém para rotular as pessoas.E sobretudo, ter sido capaz de resgatar seu filho. 

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