Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

domingo, 29 de maio de 2011

Bep Kororoti

A lenda de Bep-Kororoti — Um ramo da nação Kayapó, dos índios chamados men-bengôkré, tem um interessante ritual praticado em memória a um personagem mítico chamado de Bep-Kororoti [Ou Bep-Gororoti]. Trata-se de um herói extraterrestre civilizador que teria chegado à região em que residiam os nativos numa estrela ou canoa voadora. Contam os mais antigos da tribo que Bep-Kororoti pousou sua embarcação espacial na Cachoeira Tipôtikré, especificamente numa montanha situada entre afluentes do Rio Xingu, no sul do Pará. Teria vivido e miscigenado com ancestrais kayapós, e quando retornou ao cosmos, levou sua mulher nativa e o filho, mas deixou a filha casada e grávida na aldeia. O incrível registro assume veracidade porque é ensinado de pais para filhos na Casa dos Homens ou Escola Tribal, o local ritualístico dos kayapós, também chamada de Eng-Ób em seu idioma. E a tradução se torna ainda realista porque seus personagens se vestem com indumentárias apropriadas quando se reúnem, compostas de macacões e capacetes de palha. Os kayapós também usam clavas de madeira ou espingardas como representação do chamado kóp, uma arma em forma de bastão que teria capacidades desintegradoras, portada por Bep-Kororoti quando veio dos céus. Os men-bengôkré eram nômades e viviam da caça e da pesca. Os registros de suas tradições revelam que, numa noite, muitos deles estavam acampados ao pé da Serra Pukatôti, uma montanha próxima que lhes causava desconfiança e medo, quando algo ocorreu. A razão de seu temor estava no fato de que a montanha estava sempre coberta de névoas e emanava misteriosos barulhos, seguidos de relâmpagos. Só que, na ocasião em que estavam reunidos, descobriram que tais fenômenos eram causados por um objeto voador que, naquela noite, passou sobre eles e parou no alto da serra. De manhã, os guerreiros se aproximaram do local e surgiu entre as brumas um kuben, um estrangeiro invasor com aspecto físico esquisito. Tinha um só olho e não se viam boca e nariz. O ser não possuía cabelos e estava armado com uma poderosa clava que lançava raios e desintegrava pedras e árvores, a kóp. Os índios tentaram agarrá-lo, lutando bravamente, mas levavam choques e caíam desmaiados, enquanto o invasor divertia-se às gargalhadas.
Quando os nativos perceberam que, apesar de poderoso e forte, o estranho personagem não queria matá-los, desistiram da luta e fugiram. De vez em quando, ele era visto nas trilhas da montanha, sem ser perturbado pelos guerreiros da tribo, que preferiram ignorá-lo. Mas, numa certa tarde, alguns jovens da aldeia se lavavam num lago e viram outro invasor. Só que, ao contrário do "gigante da montanha", este era bonito, tinha a pele clara e estava se banhando completamente nu. O estranho também viu os men-bengôkré, mas agiu com naturalidade. Os guerreiros tentaram então falar com ele. O kuben disse que se chamava Bep-Kororoti, que tinha chegado do céu e havia sido atacado por eles na montanha. Os jovens ficaram surpresos e disseram que tinham atacado um monstro. O forasteiro então lhes mostrou a roupa protetora que havia tirado para tomar banho e que estava no chão, deixando os índios tão alegres com a descoberta que o levaram para a tribo.

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