Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O que aconteceu com a gente?




                     O que aconteceu com a gente?
                                    Quando éramos crianças, as conversas de nossos pais e avós era sobre a recente II Grande Guerra.Os aliados haviam vencido e o Ocidente se tornou uma grande potência.Passamos nossa infância vendo filmes sobre a II Grande Guerra, Guerra na Indochina(Coreia do Norte e do Sul) e o patriotismo, a disciplina e a honra eram qualidades exaltadas.
                                     Mas, de repente os USA descobriram que os ex-aliados russos eram comunistas e que poderiam estar de olho no Ocidente.As pessoas ficaram sestrosas, quase paranóicas, vendo um comunista em cada canto.Nossos pais, na falta de outra alternativa, endureceram em relaçaão a nós.
                                     De berço da Liberdade, o Ocidente se tornou um lugar sombrio como um pântano.Havia censura em tudo: nos costumes, nas revistas, nos livros e até nas palavras.A juventude sentia que lhe haviam colocado uma mordaça.Embora tentassem compensar isso tudo com mais liberdade sexual, que não combinava com o lastro conservador da sociedade.Se falássemos uma asneira, a resposta era uma bofetada, ou lavar a boca com sabão.E isso teve consequências posteriores.
                                      Quando estava na Universidade, havia a Guerra do Vietnam.Era o que não nos interessava, não era problema nosso, assim pensávamos.Já tínhamos nossos problemas, não é?
                                       Diferente das outras vezes, não era alistamento voluntário.
                                       Diferentemente de outras épocas, a liberdade sexual, o uso de drogas, e provar outro tipo de liberdade como romper com a ditadura do sistema, nos tornaram diferentes.Ao contrário de nossos pais patriotas, éramos cidadãos de uma aldeia global.Não tínhamos fronteiras e o mínimo necessário já era o suficiente para nós.Viver em trailers, em acampamentos, amamentar os filhos, plantar nossa comida era nossa rotina de então.Tínhamos slogans como “paz e amor”, “faça amor, não faça guerra” e outros.
                                        Foi então, que nossos pais perceberam que sua disciplina, sua paranóia e sua censura, nos haviam tornado um bando de hippies pacifistas, inócuos como carneiros.Justamente num momento tão sério, os filhos se recusavam a ir à guerra, os taxavam de fascistas e não queriam sair da zona de conforto da vida naturalista que levavam.Éramos quase como uma tribo indígena, plantando, colhendo, nos medicando com chás e pajelança, com uma fé inabalável na Mãe Natureza.
                                         O resultado catastrófico foi a derrota para os vietcongs.Uma humilhação inesquecível.
                                          Nossos pais tanto nos disciplinaram que nos tornaram como cavalos domados: sem vontade, sem fúria, sem paixão.Alguns hão de se perguntar o que houve conosco.Eu respondo: educação errada, falta de confiança, liberdade não orientada e o quase esquecimento de nos preparar para o futuro.Colheram hippies pacifistas.Poderia ser pior; poderiam ter colhido traidores e bandidos...
                                           Então, senhores pais: menos política e mais amor e convivência com a família.Menos paranóia e menos censura.Seus filhos não são soldados.Teriam sido se não os tivessem estragado.Teriam sido amigos e patriotas se os tivessem incluído em suas conversas de caráter quase secreto.Mas, “não era assunto para crianças” o que levou-os a dizer “a guerra não é assunto nosso”.Aprendam e sobrevivam...


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