Somos meros "lulus"; final de ciclo;calendário maia;freqüencias;tsunami novamente;ficção ou realida

domingo, 5 de maio de 2013

A cura e a fé




                      A cura e a fé
                                   Estive vendo um documentário que me remeteu a uma época de minha vida na qual a fé permeava meus momentos (momentos pesados como chumbo) de sobrevivência.Sim, sobrevivência pois, havia um panorama tão desfavorável que, cada dia, era uma vitória.Eram dias em que, ao orar a noite eu pedia “Espírito Santo, ilumina meu dia!”E, acredite se quiser, havia sempre uma pequena alegria junto com o café da manhã.
                                   Depois, com o tempo, as coisas se acalmaram e, ao que parece, a sobrevivência ficou mais fácil.Só que isto nos afastou da fé e isso faz toda a diferença.Nossas vidas começam a perder um certo brilho, aquele do “sorriso nosso de cada dia”.A gente começa a acreditar que dinheiro e bens podem nos fazer felizes.Mas, o ser humano vive de sentimentos.Nada físico irá lhe devolver o bem estar, a não ser um sonho e noites adormecidas com esperança.
                                   Hoje eu entendo o quanto a fé pode fazer por nós.Tecnologia alguma será capaz de feitos tão complexos e eficazes.E não importa se você crê em santos, Jesus ou Buda: importa é a sua fé.Ela é o instrumento que abre caminhos, transpõe obstáculos e nos conduz as nossas metas.
                                   Lembro-me de certa vez em que perdi a visão do ôlho esquerdo por causa da toxoplasmose.Os médicos me examinavam e se entreolhavam como se intercomunicando “não há o que fazer”.Mas, no meu íntimo, eu sentia que aquilo não era definitivo. E sentia com tanta convicção que certo dia, acordei vendo vultos com o ôlho esquerdo.Falei ao médico ele disse que não podia ser.Mas, dia a dia a minha visão melhorava e agora eu distinguia as formas e as cores dos objetos.O médico me disse:
                                    -Seu ôlho está morto!Como pode crer que enxerga com ele?
                                    -Diga isso a ele que se recusa a não ver.Diga-lhe que é minha imaginação!!!
                                   O médico se reuniu com outros médicos e marcaram exames para o prazo de um mês.Os exames foram tão fantásticos que eles não entendiam o que havia acontecido.Repetiram e os resultados foram melhores.Tive alta.E o mais fantástico foi que não tomei medicamento algum.Só foi feito uma operação a laser na retina, para cauterizar uma sequela da toxoplasmose.
                                   Até hoje, nem eu mesma entendo o que sucedeu naquele então pois, cheguei com esse problema ocular, vários outros problemas que agravavam a situação e as defesas quase inexistentes.Uma situação quase terminal e definitiva.Mas, eu sentia mais do que nunca a força divina me apoiando.Meu corpo debilitado se nutria de um fio de esperança e fé.
                                   Mais do que nunca eu entendo que não são os problemas que nos afastam da fé mas, acreditar que outras coisas físicas possam substitui-la.Entendo que a nossa vida degenera não é por falta de alimento do corpo, mas, de alimento da alma.Temos desenvolvido técnicas para cuidar do corpo mas, nossa alma tem ficado relegada a segundo plano, como se fossemos mero gado.
                                   Então, entendí o porque do stress, do desconforto e tudo o mais.Nossa alma tem fome e sede de fé e esperança.Nós a estamos matando à mingua.

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